Andorinhas
Bruno Marcus Rangel Pessanha
Ondulações
no espaço ancho
do
infinito...
eu,
garrancho
de passos,
de passos,
no
meu cá-em-embaixo
nada
bonito
Será
que suas asas
me
alçarão aos céus,
à
divina casa,
onde
estão a volitar?
Pela
janela,
da
poltrona macia,
sem poesia,
em que me arrancho
vejo-as,
libertas, a voar
no
espaço solar.
Vejo-as
mas não capto
totalmente
o gancho,
estético
sentimento,
que
existe entre mim
e
o balanço delas
no
firmamento, rancho
estelar de Deus.
estelar de Deus.
Será
por que seu espaço é límpido,
e
eu apenas mancho
o meu?
o meu?
***
Conversa
Depois, rapidamente os temas mudaram para “personal trainer”, cuja presença é comum ao longo da calçada e dentro da praça em frente. Nela esses profissionais modernos fazem seu trabalho, olhos atentos aos corpos e músculos femininos, tantas são as mulheres classe alta que ali caminham, fazem musculação.
Foi quando o blogueiro disse:
À palavra “fucker” todos estranharam. Forte demais? Mais do que fornicador na nossa língua? - ele se perguntou – o que está acontecendo com os brasileiros. Até palavrão choca mais no idioma de Shakespeare? O fato é que os olhares voltaram-se para o blogueiro como ele houvesse extrapolado às medidas do decoro. Contexto em que, sentindo-se acuado, tentou explicar.
De novo, os olhares convergiram para o blogueiro. “Até onde vai esse cara? É maluco, só pode ser. Agora extrapola em português!!!”. Diante da reação de todos, e do jovem sobretudo, ainda mais estando ao lado da jovem mulher amada, que se pensa sempre recatada, o que no caso o era, porém não muito, o blogueiro, amuado, explicou-se como pôde:.
-Foi outro ato falho, coisa que, todos vocês sabem, Freud explica...
E ficou nisso. Daí pra frente, as piadas e historinhas - sexo, expulso da temática - continuaram, só que menos apimentadas. Uma delas, a do gênio da lâmpada e o mineirinho, ingênua demais diante do nível bocageano prevalecente até há pouco.
- Uma vez liberto, o gênio disse: tem direito a três pedidos. O primeiro, o felizardo filho das Minas Gerais, pede: 'Um queijo!"O segundo: "Um queijo!" E no 3º pedido, o Gênio mostrou a estranheza ao mineirinho, que meio sem graça, disse: Um carro! Mas depois, explicou aos amigo que queria mesmo era um queijo...”.
E a conversa terminou, com a cândida história sobre a preferência por laticínios dos mineiros.
***
Conversa
Mas, no entardecer de verão,
o que se falava à mesa, regada e servida de cerveja, queijinhos
vários e salaminho? Qual era o tema? Sexo, piadas sobre o tema. Também, o que você, caro leitor, queria? Entre vários circunstantes, faziam parte da roda, Ene e o casal de jovens, estes certamente em
fase de muita fornicação. O assunto, pois, não podia ser outro. Não que
os dois fossem os puxadores do tema.
Não, nada disso. O que estava por trás da insistência no assunto era a própria atratividade do tema, puxado, aliás, pela ala mais madura. O que no caso, seria uma forma de demonstrar que a ala mais vivida, ainda tinha lenha pra queimar (pelo menos, verbalmente), somada a intenção evidente de testar o casal de namorados, a ver a quantas andaria a (des)inibição dos dois em abordar o assunto.
O rapaz, louro, rosto belo, simpatia tímida e sorriso acolhedor, era um tanto calado. Timidez talvez por estar ao lado da namorada, em lugar estranho. Bem, fiquemos assim em reconhecer a presença dele, como causa principal do sexo ser o assunto depositado na mesa. E como animador, o dono da casa que, embora não leve muito jeito, adora contar casos picantes.
Não, nada disso. O que estava por trás da insistência no assunto era a própria atratividade do tema, puxado, aliás, pela ala mais madura. O que no caso, seria uma forma de demonstrar que a ala mais vivida, ainda tinha lenha pra queimar (pelo menos, verbalmente), somada a intenção evidente de testar o casal de namorados, a ver a quantas andaria a (des)inibição dos dois em abordar o assunto.
O rapaz, louro, rosto belo, simpatia tímida e sorriso acolhedor, era um tanto calado. Timidez talvez por estar ao lado da namorada, em lugar estranho. Bem, fiquemos assim em reconhecer a presença dele, como causa principal do sexo ser o assunto depositado na mesa. E como animador, o dono da casa que, embora não leve muito jeito, adora contar casos picantes.
-
Sabe a história... – é assim que ele sempre começa – do
mineirinho que vinha com um queijo meia-cura debaixo do braço. E
passa um sujeito e diz: “Quando vamos comer o redondo?” e o mineiro respondeu: “Quem vai segurar o queijo?”
Depois, rapidamente os temas mudaram para “personal trainer”, cuja presença é comum ao longo da calçada e dentro da praça em frente. Nela esses profissionais modernos fazem seu trabalho, olhos atentos aos corpos e músculos femininos, tantas são as mulheres classe alta que ali caminham, fazem musculação.
Foi quando o blogueiro disse:
-
Conheço a historinha de uma mulher malhadora que falou para o marido - Eis o “meu personal fucker”.
À palavra “fucker” todos estranharam. Forte demais? Mais do que fornicador na nossa língua? - ele se perguntou – o que está acontecendo com os brasileiros. Até palavrão choca mais no idioma de Shakespeare? O fato é que os olhares voltaram-se para o blogueiro como ele houvesse extrapolado às medidas do decoro. Contexto em que, sentindo-se acuado, tentou explicar.
-
Foi um ato falho dela. Ela queria dizer “ meu personal trainer”.
Mas o que ele ao grupo repassara não era senão o texto, constante de uma tirinha de humor publicado em jornal, que alguém, há algum tempo, lhe havia dado para ler. Como em matéria de lembrança, uma coisa puxa outra, por analogia ao ato falho da malhadora. outra passagem semelhante ao caso da malhadora lhe viera à mente. O blogueiro se lembrou da passagem ocorrida, três décadas atrás, em festinha de aniversário de uma das filhas de um amigo. Foi assim, o blogueiro resolveu contar:
- Uma jovem sem-noção, como se diz hoje em dia, chamada V, amiga da aniversariante, de repente no meio da sala cheia de gente disse bem alto: “Macacos me fodam!”
Mas o que ele ao grupo repassara não era senão o texto, constante de uma tirinha de humor publicado em jornal, que alguém, há algum tempo, lhe havia dado para ler. Como em matéria de lembrança, uma coisa puxa outra, por analogia ao ato falho da malhadora. outra passagem semelhante ao caso da malhadora lhe viera à mente. O blogueiro se lembrou da passagem ocorrida, três décadas atrás, em festinha de aniversário de uma das filhas de um amigo. Foi assim, o blogueiro resolveu contar:
- Uma jovem sem-noção, como se diz hoje em dia, chamada V, amiga da aniversariante, de repente no meio da sala cheia de gente disse bem alto: “Macacos me fodam!”
De novo, os olhares convergiram para o blogueiro. “Até onde vai esse cara? É maluco, só pode ser. Agora extrapola em português!!!”. Diante da reação de todos, e do jovem sobretudo, ainda mais estando ao lado da jovem mulher amada, que se pensa sempre recatada, o que no caso o era, porém não muito, o blogueiro, amuado, explicou-se como pôde:.
-Foi outro ato falho, coisa que, todos vocês sabem, Freud explica...
E ficou nisso. Daí pra frente, as piadas e historinhas - sexo, expulso da temática - continuaram, só que menos apimentadas. Uma delas, a do gênio da lâmpada e o mineirinho, ingênua demais diante do nível bocageano prevalecente até há pouco.
- Uma vez liberto, o gênio disse: tem direito a três pedidos. O primeiro, o felizardo filho das Minas Gerais, pede: 'Um queijo!"O segundo: "Um queijo!" E no 3º pedido, o Gênio mostrou a estranheza ao mineirinho, que meio sem graça, disse: Um carro! Mas depois, explicou aos amigo que queria mesmo era um queijo...”.
E a conversa terminou, com a cândida história sobre a preferência por laticínios dos mineiros.
***